quarta-feira, 12 de julho de 2023

MP dá prazo de 15 dias para Secretaria Estadual de Saúde retirar pacientes dos corredores do maior hospital público do RN

Foto: Priscylla Miranda/Inter TV Cabugi

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) anunciou nesta quarta-feira (12) que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tem um prazo de 15 dias para retirar todos os pacientes internados em macas dos corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Caso a medida não seja atendida, a questão poderá ser judicializada.

A decisão se deu em reunião virtual com a participação das secretarias estadual e municipal de saúde, gestores hospitalares e promotores do Ministério Público estadual, que discutiu providências para o desafogamento da unidade hospitalar e uma maior responsabilização dos municípios da Grande Natal, quanto à regular oferta da prestação de atendimento para a ortopedia de baixa complexidade.

Nesta terça-feira (11), a direção do Hospital Walfredo Gurgel informou que 29 pacientes estavam internados nos corredores, sendo 18 da ortopedia e 11 de patologias diversas.

Durante a reunião, a Sesap comprometeu-se, nos próximos dias, a diminuir ao máximo a quantidade de pacientes em espera por leito dentro do Walfredo Gurgel, por meio de uma força-tarefa, otimizando a saída mais célere dos pacientes que estão de alta hospitalar ou que podem ser encaminhados para unidades de menor complexidade.

A secretária da pasta, Lyane Ramalho, informou que durante o último fim de semana, foram transferidas 51 pacientes do hospital para atendimentos em outras unidades, inclusive nos serviços privados.

Ainda de acordo com ela, houve um aumento de cerca de 15% da capacidade de realização das cirurgias ortopédicas no estado entre 2021 e 2023, na rede de hospitais públicos em Mossoró, Pau dos Ferros, Assu e Caicó.

Alta demanda

Segundo a Sesap, a maior pressão no Walfredo Gurgel é oriunda da cidade de Parnamirim, com cerca de 970 pacientes por mês. Outros dois municípios com alta demanda na unidade são Macaíba e São Gonçalo do Amarante.

Em Parnamirim, o Ministério Público aponta que há um retrocesso no atendimento. Durante a reunião, a promotora de Justiça Luciana Ferreira destacou que até 2021 havia uma clínica privada de fraturas em contrato com o município, cuja capacidade era de até mil atendimentos. O contrato foi rescindido.

Como encaminhamento, o MPRN solicitou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) um levantamento dos atendimentos de ortopedia realizados em Natal e o grau de resolutividade dos casos, se são de baixa e/ou média complexidade.

Por outro lado, o pedido para a Sesap foi de um levantamento dos atendimentos ortopédicos realizados por município da Grande Natal dentro do Walfredo Gurgel, que são considerados de baixa complexidade.

Do G1 RN

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