Foto:
Reprodução/Inter TV Cabugi
O
Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) e associações que
representam comerciantes de Natal recorreram à Justiça para contestar o pedido
de "lockdown" feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do
Estado (Sindsaúde) nesta quarta-feira (13). O pedido aponta que o estado tem um
dos piores índices de isolamento social na região Nordeste.
A
Justiça deu prazo de 48 horas para o governo estadual e a prefeitura de Natal
se manifestarem sobre o tema. Na solicitação, o sindicato dos servidores pediu
que governo e município decretem o "lockdown" por, pelo menos, 15
dias, para conter a proliferação do novo coronavírus no estado.
Entenda
o que é lockdown
Para
a associação dos empresários do Alecrim - o maior bairro comercial da capital
potiguar - a situação da Covid-19 está "sob controle" e "a
adoção do lockdown vai contribuir ainda mais para o empobrecimento das empresas
e aumentar o desemprego".
"A
AEBA foi a primeira instituição que recomendou o funcionamento das empresas com
horário reduzido e vem fazendo um trabalho contínuo para a prevenção e
conscientização, como a contratação de carro de som para divulgação de
orientações junto à população, distribuição de máscaras e orientação aos
empresários sobre o cumprimento dos decretos do Governo e Município",
afirmou na nota.
Também
recorreram a Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL RN), a
Câmara de Dirigente Lojistas de Natal (CDL Natal), CDL Jovem Natal, Federação
das Associações Comerciais (Facern) e Associação Comercial Empresarial do Rio
Grande do Norte – (ACRN).
Em
nota, o Sindicato dos Médicos também afirmou que é contrário ao pedido e
favorável ao tratamento precoce dos pacientes com hidroxicloroquina, como forma
de evitar agravamento e busca de leitos de UTI - o medicamento, que ainda não
teve a eficácia comprovada cientificamente, vem sendo usado em casos de
pacientes graves no país.
"Medidas
como lockdown só servem para encobrir a incapacidade gerencial da administração
pública em abrir leitos ou UTIs que vinham sendo ostensivamente fechados e
contribuíram para o estado atual que sugere o sistema como lotado", afirma
a nota assinada pelo presidente da entidade, Geraldo Ferreira.
De
acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, na manhã desta quinta-feira (14), a
região metropolitana de Natal registrava ocupação de 88% nos leitos gerais de
UTI montados para atendimento de pacientes com Covid-19. E em Mossoró, no Oeste
potiguar, o percentual chegava a 93%. Ambas as cidades são as que têm maior
número de casos confirmados e óbitos no estado. Nesta quarta-feira (13), o
estado ultrapassou a marca de 100 óbitos por Covid-19.
DO
G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário