quinta-feira, 14 de maio de 2020

Associações de comerciantes e sindicato médico recorrem contra pedido de 'lockdown' no Rio Grande do Norte

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) e associações que representam comerciantes de Natal recorreram à Justiça para contestar o pedido de "lockdown" feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde) nesta quarta-feira (13). O pedido aponta que o estado tem um dos piores índices de isolamento social na região Nordeste.

A Justiça deu prazo de 48 horas para o governo estadual e a prefeitura de Natal se manifestarem sobre o tema. Na solicitação, o sindicato dos servidores pediu que governo e município decretem o "lockdown" por, pelo menos, 15 dias, para conter a proliferação do novo coronavírus no estado.

Entenda o que é lockdown

Para a associação dos empresários do Alecrim - o maior bairro comercial da capital potiguar - a situação da Covid-19 está "sob controle" e "a adoção do lockdown vai contribuir ainda mais para o empobrecimento das empresas e aumentar o desemprego".

"A AEBA foi a primeira instituição que recomendou o funcionamento das empresas com horário reduzido e vem fazendo um trabalho contínuo para a prevenção e conscientização, como a contratação de carro de som para divulgação de orientações junto à população, distribuição de máscaras e orientação aos empresários sobre o cumprimento dos decretos do Governo e Município", afirmou na nota.

Também recorreram a Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL RN), a Câmara de Dirigente Lojistas de Natal (CDL Natal), CDL Jovem Natal, Federação das Associações Comerciais (Facern) e Associação Comercial Empresarial do Rio Grande do Norte – (ACRN).

Em nota, o Sindicato dos Médicos também afirmou que é contrário ao pedido e favorável ao tratamento precoce dos pacientes com hidroxicloroquina, como forma de evitar agravamento e busca de leitos de UTI - o medicamento, que ainda não teve a eficácia comprovada cientificamente, vem sendo usado em casos de pacientes graves no país.

"Medidas como lockdown só servem para encobrir a incapacidade gerencial da administração pública em abrir leitos ou UTIs que vinham sendo ostensivamente fechados e contribuíram para o estado atual que sugere o sistema como lotado", afirma a nota assinada pelo presidente da entidade, Geraldo Ferreira.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, na manhã desta quinta-feira (14), a região metropolitana de Natal registrava ocupação de 88% nos leitos gerais de UTI montados para atendimento de pacientes com Covid-19. E em Mossoró, no Oeste potiguar, o percentual chegava a 93%. Ambas as cidades são as que têm maior número de casos confirmados e óbitos no estado. Nesta quarta-feira (13), o estado ultrapassou a marca de 100 óbitos por Covid-19.


DO G1 RN

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